
Uma carta régia de D. José I, de Outubro de 1770, obrigava todos os lavradores do Porto Santo a plantarem árvores nos limites das suas terras, bem como nos ribeiros. E, na época, era tal a falta de vegetação que pouco tempo depois se decretou ser expressamente proibido cortar árvores, até mesmo as já secas.
António Correia de Sousa foi, em 1788, o primeiro professor a leccionar no Porto Santo. A sua vinda para a ilha prendia-se com a importante necessidade de ensinar os jovens porto-santenses a ler e a escrever, bem como para formar mestres de ofício.

Sendo o ponto mais alto do Ilhéu da Cal de 178 metros, com falécias e escarpas recortadas, a extracção do precioso minério motivou diversos acidentes. No mais trágico de todos, conta-se que morreram de uma só vez 16 homens soterrados no interior de uma mina em consequência de um desabamento de rochas.
A 1 de Março de 1850 visitou o Porto Santo o príncipe Maximiliano, Duque de Leuchtemberg, neto do rei da Baviera e da imperatriz Josefina de França. Demorou-se seis horas na ilha, distribuindo generosas esmolas, sobretudo cereais e dinheiro, pelas gentes pobres da terra.
Em 1856 uma epidemia de cólera (cólera morbus) propagou-se na ilha do Porto Santo durante um mês inteiro, acabando por ceifar, em poucos dias, a vida a 56 habitantes.
Segundo os “Anais do Município do Porto Santo”, a 4 de Fevereiro de 1860, pela primeira e única vez, nevou sobre a ilha, deixando montes e vales cobertos de branco. E a neve foi em tal porção que muitas pessoas a armazenaram chegando mesmo a fazer sorvetes.
«Impôs a rainha D. Maria I, como medida de economia, um vestuário fabricado de produtos insulares, e com o fim de combater o luxo demasiado e a prosápia invencível da fidalguia de que se ufanavam os habitantes em geral, prejudicando a vida e a economia do Porto Santo.» (Pe. Eduardo Pereira, Ilhas de Zarco)
«Existiram outrora posturas municipais tendentes a destruir a espécie do pardal, sendo bastante curiosa a da Câmara Municipal do Porto Santo, que obrigava cada chefe de família a apresentar 25 cabeças de pardal durante todo o mês de Junho de cada ano.» (Francisco Keil Amaral, 1969)
A 7 de Janeiro de 1893 foi efectuada em Paris a primeira análise das águas da Fontinha, as quais, poucos anos depois, iriam dar origem à primeira e única fábrica de água mineral da ilha. Na altura, as análises revelaram serem essas águas bicarbonatadas, cloretadas e sulfatadas sódicas, aconselháveis, portanto, para o tratamento de doenças de pele e do aparelho digestivo.
A "Água Mineral do Porto Santo" venceu, em 1918, obtendo uma medalha de ouro, a exposição internacional de águas minerais realizadas no Rio de Janeiro.
Foi no ano de 1925 que chegou ao Porto Santo o primeiro automóvel. Tratava-se de uma furgoneta de carga que a fábrica de cal da Vila mandou vir para facilitar o transporte daquela matéria-prima. Dois anos depois aportou na ilha o primeiro carro ligeiro de passageiros de marca Ford. Só no final da década de cinquenta é que chegou a primeira motorizada, trazida por um mecânico a laborar nas obras do aeroporto.
A 19 de Março de 1929 iniciou-se no centro da Vila do Porto Santo a construção do cais. Com um comprimento de 102 metros por 4 de largura, o molhe assenta em pilares robustos colocados a igual distância uns dos outros. A partir daí os passageiros que aportavam no Porto Santo começaram a embarcar (e a desembarcar) pelos seus próprios meios, em vez de serem transportados às costas, ou ao colo, de fortes homens, como durante séculos se fez.
A primitiva iluminação da Vila Baleira era feita por candeeiros a petróleo que a Câmara Municipal mandou colocar nas principais ruas da Vila Baleira em 1931. Só em 1954 é que a energia eléctrica veio substituir os obsoletos candeeiros "petromax". Nesse mesmo ano começou também a distribuição por rede de água potável ao domicílio.
Atum, gaiado, sardinha e cavala foram os peixes exportados, em latas de um a dez quilogramas, pela fábrica das conservas do Porto Santo. As espécies mais pequenas, como a “ruama”, eram aproveitadas para fazer farinha de peixe.
A 12 de Julho de 1957 foi colocado no alto do Pico do Castelo o busto do benemérito António Schiappa de Azevedo, mentor e responsável pela arborização deste pico iniciada em 1921.
A primeira ligação telefónica entre o Porto Santo e a Madeira foi realizada a 27 de Agosto de 1959. Anteriormente ao telefone, a ilha tinha já uma Estação Rádio Telegráfica de apoio e controlo naval que havia entrado em funcionamento em 1929, facto que a tirou do completo isolamento vivido até então.
A 20 de Julho de 1960, um mês antes da inauguração do Aeroporto do Porto Santo, aterrou na ilha, num voo experimental, o primeiro avião.
Em 28 de Agosto de 1960 foi inaugurado o Aeroporto do Porto Santo, o primeiro do arquipélago. A população ali alojada teve de se transferir para um bairro especialmente construído para o efeito, o Dragoal Novo.
O navio “Pirata Azul” efectuou a sua viagem inaugural entre a Madeira e o Porto Santo a 19 de Maio de 1974. Este barco, ainda a navegar, foi construído na Alemanha em 1969. Mede 37,69 metros, tem capacidade para 180 passageiros e a sua velocidade máxima é de 20 nós.
Do site da Câmara Municipal do Porto Santo
http://www.cm-portosanto.com
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